Os
50% mais pobres da população respondem por apenas 1% da riqueza do
planeta, aponta órgão ligado às Nações Unidas; Brasil possui 1,3% da
riqueza e 2,8% da população mundial; quase um terço do patrimônio dos
10% mais ricos está nos EUA.
A renda pessoal está distribuída de maneira tão desigual no mundo que os 2% mais ricos da população adulta detêm mais de 50% dos ativos mundiais, enquanto os 50% de pessoas mais pobres detêm apenas 1% da riqueza do planeta.
Os resultados de uma pesquisa divulgada ontem mostram que os países de renda média e com nível de crescimento elevado ainda precisam avançar muito antes de atingir patamar de prosperidade semelhante ao das nações mais ricas.
Os adultos com patrimônio de mais de US$ 2.200 estão na metade superior da escala mundial de riqueza, enquanto aqueles que detêm patrimônio superior a US$ 61 mil constituem os 10% mais ricos da população mundial, de acordo com dados compilados pelo Instituto Mundial de Pesquisa Econômica do Desenvolvimento, parte da Universidade das Nações Unidas (Finlândia).
Para integrar o 1% de adultos mais ricos do planeta, uma pessoa precisa deter patrimônio superior a US$ 500 mil, algo que 37 milhões de adultos conseguiram.
A riqueza mundial está tão concentrada na mãos de tão poucas pessoas que, se a renda mundial fosse distribuída de maneira equitativa, cada pessoa disporia de ativos da ordem de US$ 20,5 mil.
Quase 90% da riqueza do mundo está sob o controle de moradores da América do Norte, Europa e dos países de renda elevada na região Ásia-Pacífico, como o Japão e a Austrália.
Embora a América do Norte abrigue apenas 6% da população adulta mundial, ela responde por 34% do patrimônio domiciliar total. Quase um terço (32,6%) da riqueza dos 10% mais ricos fica nos EUA. O Brasil possui 1,3% da riqueza mundial -abaixo, portanto, do que representa a sua população: 2,8%.
Os 10% mais ricos do Brasil têm 1,5% do patrimônio dos 10% mais ricos do mundo. Quando a comparação é feita em relação aos 10% mais pobres, os brasileiros dessa faixa possuem 1,9% do patrimônio.
A concentração de renda nos países varia de maneira considerável, com os 10% mais ricos detendo 70% da riqueza dos EUA, ante 61% na França, 56% no Reino Unido, 44% na Alemanha e 39% no Japão.
De acordo com Anthony Shorrocks, diretor do instituto de pesquisa, o número de indivíduos com alto patrimônio em um país depende das dimensões da população, do patrimônio médio e do nível de desigualdade patrimonial.
"A China não obteve posição forte entre os países mais ricos porque o patrimônio médio dos chineses é modesto e a distribuição da riqueza é equilibrada, sob os padrões internacionais."
À medida que os países enriquecem, suas populações alteram a maneira pela qual detêm seu patrimônio, de acordo com o estudo.
Nos países em desenvolvimento, os imóveis e as outras formas de propriedade física, especialmente terrenos e ativos agrícolas, são importantes, enquanto a poupança em forma monetária é mais comum nos países de renda média.
Apenas em determinados países desenvolvidos, tais como os Estados Unidos e o Reino Unido, onde os setores financeiros são avançados, existe um forte apetite por deter patrimônio em forma de ações e de outros instrumentos financeiros mais sofisticados.
As dívidas também costumam ser mais baixas nos países pobres, porque são mais raras as instituições financeiras que permitam que o povo obtenha empréstimos. (Tradução de Paulo Migliacci)
A renda pessoal está distribuída de maneira tão desigual no mundo que os 2% mais ricos da população adulta detêm mais de 50% dos ativos mundiais, enquanto os 50% de pessoas mais pobres detêm apenas 1% da riqueza do planeta.
Os resultados de uma pesquisa divulgada ontem mostram que os países de renda média e com nível de crescimento elevado ainda precisam avançar muito antes de atingir patamar de prosperidade semelhante ao das nações mais ricas.
Os adultos com patrimônio de mais de US$ 2.200 estão na metade superior da escala mundial de riqueza, enquanto aqueles que detêm patrimônio superior a US$ 61 mil constituem os 10% mais ricos da população mundial, de acordo com dados compilados pelo Instituto Mundial de Pesquisa Econômica do Desenvolvimento, parte da Universidade das Nações Unidas (Finlândia).
Para integrar o 1% de adultos mais ricos do planeta, uma pessoa precisa deter patrimônio superior a US$ 500 mil, algo que 37 milhões de adultos conseguiram.
A riqueza mundial está tão concentrada na mãos de tão poucas pessoas que, se a renda mundial fosse distribuída de maneira equitativa, cada pessoa disporia de ativos da ordem de US$ 20,5 mil.
Quase 90% da riqueza do mundo está sob o controle de moradores da América do Norte, Europa e dos países de renda elevada na região Ásia-Pacífico, como o Japão e a Austrália.
Embora a América do Norte abrigue apenas 6% da população adulta mundial, ela responde por 34% do patrimônio domiciliar total. Quase um terço (32,6%) da riqueza dos 10% mais ricos fica nos EUA. O Brasil possui 1,3% da riqueza mundial -abaixo, portanto, do que representa a sua população: 2,8%.
Os 10% mais ricos do Brasil têm 1,5% do patrimônio dos 10% mais ricos do mundo. Quando a comparação é feita em relação aos 10% mais pobres, os brasileiros dessa faixa possuem 1,9% do patrimônio.
A concentração de renda nos países varia de maneira considerável, com os 10% mais ricos detendo 70% da riqueza dos EUA, ante 61% na França, 56% no Reino Unido, 44% na Alemanha e 39% no Japão.
De acordo com Anthony Shorrocks, diretor do instituto de pesquisa, o número de indivíduos com alto patrimônio em um país depende das dimensões da população, do patrimônio médio e do nível de desigualdade patrimonial.
"A China não obteve posição forte entre os países mais ricos porque o patrimônio médio dos chineses é modesto e a distribuição da riqueza é equilibrada, sob os padrões internacionais."
À medida que os países enriquecem, suas populações alteram a maneira pela qual detêm seu patrimônio, de acordo com o estudo.
Nos países em desenvolvimento, os imóveis e as outras formas de propriedade física, especialmente terrenos e ativos agrícolas, são importantes, enquanto a poupança em forma monetária é mais comum nos países de renda média.
Apenas em determinados países desenvolvidos, tais como os Estados Unidos e o Reino Unido, onde os setores financeiros são avançados, existe um forte apetite por deter patrimônio em forma de ações e de outros instrumentos financeiros mais sofisticados.
As dívidas também costumam ser mais baixas nos países pobres, porque são mais raras as instituições financeiras que permitam que o povo obtenha empréstimos. (Tradução de Paulo Migliacci)
Fonte: http://www.ufcg.edu.br/prt_ufcg/assessoria_imprensa/mostra_noticia.php?codigo=4339
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