sexta-feira, 26 de março de 2010

Órgãos de chineses executados são usados em transplante - El País

A China é o segundo país que realiza mais transplantes de órgãos por ano, mais de 10 mil, segundo os dados apresentados na terça-feira pelo vice-ministro da Saúde, Jiefu Huang. Mas esse êxito é sobrecarregado por um déficit ético importante, segundo reconheceu o próprio Huang na Conferência Internacional sobre Doação e Transplante de Órgãos, que se realiza em Madri. Ou melhor, por quatro: que 90% dos órgãos de doadores cadáveres (aproximadamente 55% do total, segundo Huang) vêm de executados; a comercialização; o turismo de transplantes; e a falta de uma organização nacional de transplantes e manejo de órgãos.
Huang foi especialmente duro com a questão das execuções. "Não cumpre as práticas e padrões internacionais nem éticas", disse. Mas depois, em conversa com "El País", insistiu que "hoje os órgãos são obtidos depois de se conseguir o consentimento dos réus, ou ,sobretudo, de seus parentes".
Também admitiu que "ainda" existem hospitais que trabalham com redes ilegais de captação de órgãos. "A fome de lucros e a pobreza de algumas pessoas" fazem que estas "possam vender um rim ou uma parte do fígado", ele disse. "A compra é contrária à justiça", afirmou. Mas a persistência dessa prática explicaria em parte a elevada proporção de doadores vivos: 45% do total, segundo dados oficiais, uma proporção que está no nível dos países nórdicos na Europa e muito longe do da Espanha (10%, de acordo com o que diz o responsável espanhol da Organização Nacional de Transplantes, Rafael Matesanz).

Esse tema levou inevitavelmente ao do caso de Óscar Garay, o espanhol que em 2009 se transplantou um fígado em Tianjin depois de pagar cerca de 130 mil euros, segundo declarou a "El País" e saiu publicado no jornal. Sem negar nem afirmar o ocorrido, o vice-ministro se limitou a indicar que "o hospital é um centro de referência de boas práticas", e ressaltou o apoio à reforma empreendida no sistema de doações de órgãos do país desde maio de 2007 pelo diretor do centro, Zhong Yang Shen. Este, em um comunicado entregue a "El País", afirma que o hospital está sendo "acusado falsamente" de traficar órgãos.
Huang, no entanto, admite que esse comércio "ainda existe, mas está se reduzindo". "Vai contra a justiça e a harmonia que caracterizam a sociedade chinesa", disse. Como dados de que essa reforma não vai "muito a sério", Huang se refere à remodelação do sistema hospitalar. "Há dois anos havia mais de 600 centros que faziam transplantes, hoje há apenas 163 que conseguiram o credenciamento correspondente", afirmou.
Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves

2 comentários:

  1. Olá blogueiro,
    Apenas para ajudar a conscientizar as pessoas sobre a importância da doação de órgãos divulgue o site: http://bit.ly/cHLx34
    No Brasil para ser um doador não é preciso deixar nada assinado. Porém é importante falar com a família sobre o seu desejo de salvar vidas, pois só eles poderão autorizar o procedimento após a morte.
    Para mais informações: fernanda.scavacini@saude.gov.br

    Ministério da Saúde

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  2. Acho que parece mal recorrer-se utilização dos prisioneiros em geral como fonte não consentida de órgãos para transplante. Neste caso, reprovo com veemência aquilo que os chineses fazem.

    Já no que respeita aos PEDÓFILOS que forem caçados, como estes facínoras não devem ser considerados NEM SERES HUMANOS NEM ANIMAIS, a minha opinião é diferente! Acho válido e perfeitamente legítimo, para além de os condenar à PENA DE MORTE, retirar-lhes tanto os órgãos como qualquer outra parte do corpo para usos científicos e laboratoriais, incluindo transplantes. Além do mais os pedófilos, como SERES SUB-HUMANOS que são, dariam óptimas cobaias para experiências laboratoriais com vista à obtenção de novos medicamentos, vacinas, pesticidas e produtos de cosmética. Um ou dois estupradores de crianças bastariam para fornecer dados muito mais conclusivos e fidedignos, para além de exigir muito menos tempo, do que centenas ou milhares de animais comuns de laboratório.

    Se não forem usados para experiências laboratoriais, qual a utilidade de manter os pedófilos vivos após o seu encarceramento? Para viverem às custas dos nossos impostos? Não devemos sustentar seres que, para além de nojentos e perigosos, sejam INÚTEIS!!!

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