sábado, 27 de fevereiro de 2010

Atividades de Palavras Cruzadas - Vegetação do mundo

Iceberg gigante pode afetar as correntes - Diário Catarinense

Um iceberg de 2,5 mil quilômetros quadrados e 97 quilômetros de extensão desprendeu-se de uma geleira da Antártida, depois de ter sido atingido por um outro iceberg menor. Os cientistas temem que, pelo tamanho da placa de gelo deslocada, as correntes oceânicas podem ser afetadas. Este iceberg fazia parte de um outro iceberg gigante, de 5 mil quilômetros quadrados, que havia se partido em 1987.

Terremotos mais potentes dos últimos 100 anos

27 de Fevereiro de 2010


PARIS (AFP) - O terremoto de magnitude 8,8 que afetou o Chile foi um dos mais potentes registrados no último século.

Em 1960, o Chile sofreu tremor mais potente já registra: 9,5 graus.

Para efeito de comparação, o terremoto que destruiu o Haiti em janeiro teve magnitude 7.

Depois de muito tempo utilizando a escala Richter para medir a intensidade de terremotos, a comunidade sismográfica adotou a escala de magnitude Momento. O parâmetro é diferente - é levada em conta a energia liberada pelo tremor -, mas o resultado não apresenta grandes diferenças em relação ao padrão Richter.

Estes são os terremotos mais fortes registrados desde o início do século XX, medidos em escala Momento:

- 1960: CHILE - Um tremor de 9,5 em Valdivia, no sul do país, foi seguido de um tsunami devastador em vários países no Oceano Pacífico, causando milhares de mortos no Chile - de 3.000 a 5.700 vítimas fatais, segundo diferentes contagens -, 61 no Havaí e 130 no Japão.

- 1964: ALASCA - Um tremor de 9,2 perto do estreito de Príncipe William, seguido de um tsunami, causou mais de 100 mortos.

- 2004: ÁSIA - Um terremoto de 9,1 no dia 26 de dezembro nas águas da ilha de Sumatra provoca um tsunami que arrasou a costa de uma dezena de países vizinhos e deixou mais de 270.000 mortos e desaparecidos.

- 1952: URSS - Sismo de magnitude 9 na península de Kamchatka gera um maremoto devastador sentido até no Chile e no Peru: 2.300 mortos.

- 1906: EQUADOR - Um sismo de 8,8 na costa da Colômbia e do Equador provoca um tsunami que mata cerca de 1.000 pessoas.

- 1965: ALASCA - Um tremor de 8,7, seguido de um tsunami, afeta as ilhas Aleutas.

- 2005 - INDONÉSIA - Um terremoto de 8,6 perto da ilha de Nias: 900 mortos e 6.000 feridos.

- 1957: ALASCA - Um terremoto de 8,6 nas ilhas Andreanof provoca um grande tsunami.

Terremoto de 8,8 graus mata ao menos 82 - Veja

27 de fevereiro de 2010



Um terremoto de 8,8 graus na escala Richter atingiu na madrugada deste sábado a região central do Chile, perto de Concepcion, ao sul de Santiago, segundo o Instituto Geológico dos Estados Unidos. A presidente Michelle Bachelet informou que pelo menos 82 pessoas morreram e decretou estado de catástrofe. Foram emitidos alarmes de tsunami em vários países. A capital Santiago está sem luz e os telefones funcionam precariamente. O epicentro do tremor foi localizado no mar, a 59 km de profundidade, em Maule, a 99 km da cidade de Talca.

VEJA TAMBÉMREVISTAS ABRILMAIS INFORMAÇÕES
A presidente pediu calma à população, mas afirmou que o número de vítimas deverá aumentar. "Com um terremoto dessa força, não podemos absolutamente descartar mais mortes e provavelmente feridos", afirmou a presidente.

O terremoto durou cerca de um minuto, ocorreu às 3h34 e foi sentido em prédios na capital, Santiago, a 325 km de distância. Várias regiões da cidade ficaram e a população saiu às ruas. O Aeroporto Internacional de Santiago foi fechado por tempo indeterminado.

O alarme de tsunami foi dado para Chile, Peru, Equador, Estados Unidos, Colômbia, toda a América Central, a Polinésia Francesa, além de regiões da Antártida. Pouco após o terremoto atingir o Chile, o Japão também entrou em alerta para possíveis tsunamis e foi confirmado que um tsusami deve atingir o Havaí no fim da tarde.

Todas as notícias de Internacional

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Governo estuda criar estatal de fertilizantes, diz Lobão - Estadão

Seria uma empresa para atuar tanto nas matérias primas, como no produto final, afirma o ministro
Leonardo Goy, da Agência Estado  



BRASÍLIA - O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, confirmou à Agência Estado que o governo está estudando a hipótese de criar uma nova estatal para atuar na produção de fertilizantes. "Seria uma empresa para atuar tanto nas matérias primas, como no produto final", disse o ministro, ao chegar à sede do Ministério de Minas e Energia.

O Ministério quer entregar em março, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um novo modelo de produção mineral no País, que incluirá novas regras para os fertilizantes. Os ministérios de Minas e Energia e de Agricultura querem com isso garantir que o País obtenha autossuficiência na produção fertilizantes.

Mais cedo, antes da confirmação do ministro, uma fonte do mercado já especulava sobre o estudo do governo. Segundo ela, entre as ideias que estão sendo debatidas para fomentar a indústria de fertilizantes no país e dar ao Brasil autossuficiência na produção desses insumos está a de criar uma empresa em parceria com o capital privado, mas com o controle da União.

No fim de janeiro, a mineradora Vale anunciou a compra da empresa de festilizantes Forfértil. Na ocasião, a companhia fez uma projeção de que a participação do Brasil no consumo global de fosfatados passará de 9% para 13,5% até 2020.

Crise econômica gerou 9 milhões a mais de pobres na América Latina - Folha de SP

3/02/2010 - 00h40

A crise econômica global gerou na América Latina 9 milhões a mais de pobres e 2,5 milhões de desempregados, apontaram nesta segunda-feira as Nações Unidas durante um fórum dedicado a debater os problemas sociais da região.
Como ponto positivo, o estudo apontou que programas como o Bolsa Família, do Brasil, e o Oportunidades, do México, ajudam a diminuir a pobreza.
Os países da América Latina e o Caribe "estão próximos de alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, mas os efeitos da crise econômica global, combinados com a crise alimentícia, ameaçam as conquistas", disse a administradora do Pnud (Fundo da ONU para o Desenvolvimento) Helen Clark.
O escritório regional latino-americano do Pnud participou do terceiro fórum de pensamento social estratégico para essa região, organizado junto à AECID (Agência Espanhola para a Cooperação Internacional ao Desenvolvimento) e representantes de 17 países da região.

Biocombustível empurra boi para a mata - Folha de SP


RAFAEL GARCIA
da Folha de S. Paulo
Ao aumentar a produção de biocombustíveis para substituir o petróleo, o Brasil pode dar grande contribuição para o mundo reduzir as emissões de gases-estufa, mas essa política pode acabar sendo um tiro pela culatra, indica um novo estudo.
Se a tendência atual de mudanças no uso da terra continuar, plantações de cana-de-açúcar e soja tomarão o lugar de pastagens, e estas serão empurradas para áreas de floresta, desmatando e emitindo carbono.
Isso é o que indica uma projeção feita pelo ecólogo paulista David Lapola, da Universidade de Kassel (Alemanha), autor principal de um estudo publicado na edição de hoje da revista "PNAS".

Editoria de Arte/Folha Imagem
Segundo ele e seus coautores, se o Brasil cumprir seu objetivo para 2020 --aumentar em 35 bilhões de litros a produção de álcool e em 4 bilhões de litros a de biodiesel de soja-- essas duas culturas empurrariam as pastagens para cerca de 60 mil km2 de floresta, desmatando uma área maior do que a Paraíba.
Segundo os cientistas, a troca de petróleo por biocombustível levaria 250 anos para compensar as emissões desse desmate.
As conclusões de Lapola e seus colegas saíram da projeção de uma tendência que já se verifica. "Identificamos quais seriam as mudanças diretas de uso da terra, e a maioria era biocombustível tomando lugar de pasto", explica Lapola.
De gado para soja
"As mudanças indiretas eram o gado que estava naquele espaço sendo realocado em outras regiões, sobretudo Amazônia e cerrado." Mais de 90% da expansão da soja na Amazônia em 2006, por exemplo, ocorreu sobre áreas de pastagem.
Especialistas afirmam que o estudo do ecólogo é consistente, mas sua conclusão é polêmica. Para o físico Rogério Cezar de Cerqueira Leite, especialista em política energética e membro do conselho editorial da Folha, o artigo tenta "assegurar que na distribuição internacional do trabalho [agricultura] o Brasil se mantenha como produtor de alimento barato".
"Se esse alerta pretende criar desconfiança em relação a nossos produtos, acho ruim, principalmente agora que os EUA acabam de reconhecer o etanol brasileiro como um combustível avançado", diz Suzana Kahn Ribeiro, secretária nacional de Mudança Climática.
Lapola explica que seu trabalho não deve ser visto como uma profecia incontornável, mas como um dado a partir do qual planejar ação.
Segundo ele, por exemplo, se a produtividade do gado tiver um pequeno aumento de intensidade --de 0,09 cabeças por hectare para 0,13-- o problema poderia ser contornado. A recuperação de pastos degradados e abandonados também ajudaria.
Para Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura, essas mudanças já estão acontecendo. "Nos últimos 20 anos a área de pastagem diminuiu, e a produção de carne aumentou."
Lapola, porém, defende que o governo atue para fomentar a produção intensiva. "Muitos subsídios hoje vão para aquisição de animais, manutenção da infraestrutura e várias outras coisas, mas pouco vai para incentivar o aumento da intensidade da criação ou a recuperação das pastagens degradadas."

sábado, 20 de fevereiro de 2010

BRIC


Brasil, Rússia, Índia e China
Por Wagner de Cerqueira
A sigla BRIC refere-se às inicias de Brasil, Rússia, Índia e China. Foi criada pelo economista Jim O’Nill, em 2001, para referir-se aos quatro países que, segundo ele, apresentarão as maiores taxas de crescimento econômico até 2050.

O BRIC foi formalizado em 16 de maio de 2008, na cidade de Yekateringburg, na Rússia. A primeira cúpula do grupo foi realizada no dia 16 de junho de 2009.

É bom esclarecer que o BRIC não se trata de um bloco econômico, e sim de uma associação comercial composta por países que apresentam situações econômicas e índices de desenvolvimento parecidos.

Os quatro países apresentam em comum a grande extensão territorial; estabilidade econômica recente; Produto Interno Bruto (PIB) em ascensão; grande disponibilidade de mão de obra; mercado consumidor em alta; disponibilidade de recursos naturais; aumento nas taxas de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH); valorização nos mercados de capitais; investimentos de empresas nos diversos setores da economia.

Os fatores que contribuem para a ascensão econômica brasileira são:
- grande produtor agrícola;
- parque industrial diversificado;
- grandes reservas minerais; e com a descoberta da camada pré-sal, o país será autossuficiente e possível exportador de petróleo;
- apresenta um grande mercado consumidor.

De acordo com o relatório elaborado por Jim O’Nill, o PIB do Brasil vai apresentar acréscimo de 150% até 2030 e chegará a US$ 2,4 trilhões, sendo a quinta maior economia do mundo, atrás de Estados Unidos, China, Índia e Japão.

A Rússia, segundo as projeções de O’Neill, será a sexta maior economia do planeta em 2050.

Entre os fatores que fortalecem a economia da Rússia estão:
- apresenta grandes reservas de petróleo e gás natural;
- atualmente é o segundo maior produtor e exportador de petróleo do mundo;
- o país conta com a maior reserva de gás natural do planeta;
- apresenta um grande mercado consumidor.

A Índia será o único país entre as potências emergentes a crescer acima dos 5% ao ano, a partir de 2030. No entanto, para isso o país necessita qualificar sua mão de obra, através de especialização da força de trabalho.

Os aspectos positivos do país são:
- possui profissionais qualificados em áreas tecnológicas, principalmente de informática;
- possui um parque de indústrias de tecnologia, nacionais e estrangeiras.
- apresenta um grande mercado consumidor.

O PIB chinês cresceu, nos últimos anos, de 8% a 10,7% por ano, bem superior à média mundial, que é de 4%.

Entre os fatores responsáveis por esse fortalecimento econômico estão:
- apresenta um vasto exército de operários;
- alto investimento em tecnologia e infraestrutura;
- possui vários investidores estrangeiros atuando no país;
- sistema de educação de alto nível, 99,8% dos jovens são alfabetizados;
- Somente 10% da população vive abaixo da linha da pobreza.

Todos esses aspectos citados contribuem para que esses países se desenvolvam economicamente. No entanto, é preciso solucionar questões no âmbito político, social e ambiental, como maiores investimentos em educação, infraestrutura, políticas de proteção ambiental, solucionar a corrupção nos países, desigualdade social, etc.

Por que o Amazonas é o maior rio do planeta? - CH das crianças

Mais longo do que o Nilo, Amazonas tem 6.992 quilômetros de extensão.



O mais longo rio do mundo. Assim costuma ser apresentado o rio Nilo. O Amazonas, por sua vez, geralmente é definido como o maior rio em volume de água transportada do planeta. Você sabia, porém, que, recentemente, mostrou-se que o Amazonas – e não o Nilo – deveria ficar com o título de “o mais longo rio da Terra”?


Um método desenvolvido no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) é o responsável por essa novidade. Por meio dele, são usadas imagens de satélites de observação da Terra para mapear e medir o nosso planeta e suas feições. Os cientistas interpretam as imagens diretamente na tela do computador e esse equipamento fornece medidas precisas, que são analisadas pelos pesquisadores.



Diante de imagens dos rios Nilo e Amazonas, os cientistas verificaram que os dois são mais longos do que se acreditava até então. Aprendemos na escola, por exemplo, que o rio Nilo nasce nas Cataratas de Victória, na região central da África. As imagens de satélite revelaram, no entanto, que o rio Nilo tem nascentes que estão além das Cataratas de Victória e, portanto, bem mais distantes do ponto em que o Nilo deságua no mar, o que aumenta o seu comprimento.

Com relação ao rio Amazonas, a história é parecida: aprendemos, nos livros da escola, que sua origem estaria em território peruano, já que suas nascentes seguiriam pelo chamado Vale do rio Maranon, localizado neste país. Os pesquisadores do INPE notaram, porém, que o rio Amazonas tem outras nascentes no Peru, mais precisamente no Vale do rio Apurimac. Essas nascentes – que são mais longas do que as do Vale do rio Maranon em, pelo menos, 300 quilômetros – seriam a verdadeira origem do rio Amazonas, que corta o Norte do Brasil.


Com todas essas novidades em mãos, os pesquisadores do INPE aplicaram o método de medição que haviam criado. Eles analisaram tanto o rio Nilo quanto o rio Amazonas desde as suas nascentes até a sua foz, o ponto em que eles deságuam no mar. Os resultados indicaram que, seguindo os cursos mais longos de ambos os rios que foram identificados – e não aqueles que transportam mais água –, o rio Amazonas mede 6.992 quilômetros, enquanto o rio Nilo, 6.852. Assim sendo, o Amazonas seria o mais extenso rio do nosso planeta.


No momento, cientistas de vários países estão analisando e discutindo as novas informações que surgiram com o trabalho do INPE. De qualquer forma, a boa notícia é que o Brasil, junto com o Peru, pode ter, sim, o rio mais longo do planeta.


Paulo Roberto Martini

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Petróleo é uma das prioridades de integração entre Argentina e Brasil - Folha de SP

da Efe, em Buenos Aires

O petróleo e o gás serão os setores industriais que estarão no foco da primeira etapa de trabalho do processo de integração produtiva entre Argentina e Brasil, acordaram nesta sexta-feira funcionários de ambos os países reunidos em Buenos Aires.

Nesta fase, os governos dos dois países incluíram oito setores industriais de atividades estratégicas, como o petróleo e o gás, autopeças, aeronáutica e maquinaria.

Além disso, esta primeira fase é integrada por setores "sensíveis", como madeira e móveis, linha branca (frigoríficos, fogões e lavadoras), vinhos e lácteos, explicou o Ministério argentino de Indústria em comunicado.

A reunião, liderada pelo secretário argentino da Indústria e Comércio, Eduardo Bianchi, com o colega brasileiro da secretaria de Comércio Exterior, Welber Barral, permitiu uma agenda comum.

Estas reuniões seguem ao já previsto pela ministra argentina de Indústria e Turismo, Débora Giorgi, e seu colega brasileiro, Miguel Jorge, no encontro que mantiveram os primeiros dias deste mês em Buenos Aires, no qual concordaram na necessidade de acelerar o trabalho conjunto para desenvolver uma "real integração produtiva".

Ao término do encontro de hoje, Bianchi afirmou que a integração produtiva "não é um tema novo na agenda bilateral", mas destacou que avançou "como nunca antes para conseguir que alcançar questões palpáveis" para os setores produtivos de ambas as nações.

Barral, por sua vez, afirmou que estão "decididos a avançar com fatos e isso é um dado promissor para os países".

A agenda comum que estabeleceram nestas reuniões inclui reuniões dos Governos com as câmaras empresariais dos dois países, "para divulgar o leque de oportunidades que se abre a partir do aprofundamento de políticas que permitam a integração produtiva".

Os funcionários voltarão a se reunir em meados de março, em um encontro que coincidirá com uma nova reunião da Comissão de Monitoração de Comércio, que será realizada antes da chegada à Argentina do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, prevista para os últimos dias do mês.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Obama anuncia US$ 8 bi para primeira usina nuclear dos EUA em 30 anos - Folha SP

Obama anuncia US$ 8 bi para primeira usina nuclear dos EUA em 30 anos

da Folha Online

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta terça-feira que vai destinar US$ 8 bilhões para dois reatores da primeira usina central nuclear a ser construída nos Estados Unidos em 30 anos.

Obama fez o anúncio como parte do esforço de seu governo para reduzir a dependência energética americana em petróleo estrangeiro e o aumento da participação da energia limpa na matriz energética do país.

No condado de Burke, no Estado americano da Georgia, onde a usina deve ser construída, Obama disse aos presentes que a iniciativa criará milhares de empregos na área de construção e outras 800 vagas permanentes.

Ele disse ainda que o anúncio é "apenas o começo" dos esforços para desenvolver "tecnologias para uso eficiente de energia limpa e segura".

Uma das plataformas do governo Obama é a mudança da matriz energética americana para uso de tecnologia mais eficiente e consumo de formas renováveis de energia como uma das táticas para combater o aquecimento global.

Obama não disse o destinatário do empréstimo, mas funcionários de sua administração dizem que a verba vai para a Southern Company. A empresa, uma das maiores geradoras de eletricidade dos EUA, solicitou há dois anos à NRC (comissão que regula o setor) permissão para construir e operar os dois reatores.

Se os reatores forem construídos e derem lucro, os devedores pagam aos bancos e também uma taxa ao governo pela garantia. Em caso de falência dos devedores, o governo assume o custo.

Críticos da operação argumentam que a chance de calote é alta, e os empréstimos demoraram a sair por discussões sobre o valor da taxa a ser paga ao governo pela garantia.

Obama, um democrata, tentou aproximar-se dos republicanos céticos sobre aspectos de sua proposta de política de energia limpa enfatizando o papel da energia nuclear no abastecimento do país.

O secretário de Energia dos EUA, Steven Chu, disse no mês passado que o processo de aprovação de empréstimos federais para novas usinas tonou-se complicado, mas prometeu que o departamento conseguiria efetivar o primeiro deles em breve.

O anúncio foi feito com base em uma lei de 2005 que previu US$ 18,5 bilhões em empréstimos para projetos que evitam, reduzem ou consomem poluentes do ar ou emissões de gases do efeito estufa.

Energia

Desde 1990, as fontes nucleares respondem por cerca de 20% da matriz energética dos EUA, país que mais gera energia nuclear no planeta. Hoje há 104 reatores nucleares em operação comercial no país, em 65 usinas em 31 Estados.

Ao final de fevereiro de 2009, a NRC havia recebido pedidos de autorização para 26 novos reatores -a construção de cada unidade leva, em média, de cinco a sete anos.

O país reduziu o ritmo de aumento de uso de energia nuclear após acidente na usina de Three Mile Island (no Estado da Pensilvânia), em 1979.

EUA pode perder US$ 2,4 trilhões se não expandir exploração de petróleo - Folha de SP

da Reuters, em Washington

A economia norte-americana vai perder US$ 2,4 trilhões nas próximas duas décadas caso o governo decida não permitir a perfuração de petróleo e gás natural em áreas restritas em terra e em outras no mar anteriormente fechadas para empresas de energia, de acordo com um novo estudo divulgado nesta terça-feira.

O relatório, preparado pela Associação Nacional de Comissários de Regulação de Empresas de Serviço Público, também afirma que as importações de petróleo, produtos derivados e gás natural dos Estados Unidos devem aumentar em US$ 1,6 trilhão no mesmo período sem o acesso a essas reservas.

Mais especificamente, os EUA teriam que pagar à Opep (Organização de Países Exportadores de Petróleo) US$ 607 bilhões por 4,1 bilhões de barris extras de petróleo que seriam necessários, segundo o relatório.

Interdições do Congresso e do presidente à perfuração em grande parte das águas norte-americanas no oeste e centro do Golfo do México venceram em 2008, e o Departamento do Interior agora avalia se deve expandir a exploração em uma pequena parte das áreas antes interditadas.

Arábia Saudita proíbe vendas de rosas vermelhas no Dia dos Namorados - BBC Brasil, janeiro de 2010

Tariq Saleh

Da BBC Brasil em Beirute

Rosas vermelhas

Polícia inspecionou floriculturas e lojas à procura de produtos proibidos

A polícia religiosa da Arábia Saudita lançou uma operação neste domingo para coibir a venda de rosas vermelhas e outros produtos relacionados ao Dia dos Namorados, que é comemorado hoje em muitos países.

O governo saudita já havia iniciado uma campanha de ataque ao longo da semana, com artigos e comerciais na mídia estatal acusando a comemoração de ser contra os “princípios islâmicos”.

A Árabia Saudita não permite a comemoração de muitas datas consideradas ocidentais, especialmente cristãs.

O Dia dos Namorados é oficialmente conhecido como o Dia de São Valentim, um santo cristão supostamente martirizado pelos romanos no século 3.

Autoridades sauditas advertiram floristas e donos de lojas a não vender produtos como flores, presentes em forma de coração, doces e a cor vermelha.

Segundo o jornal Al Watan, muitos donos de floriculturas e lojas de presentes desafiaram a medida para tentar conseguir um lucro extra com a data especial.

Um buquê de rosas vermelhas, de acordo com o jornal, saltou de 5 reais sauditas para mais de 30 por causa da procura no mercado negro.

A polícia passou por diversas lojas para inspecionar os estabelecimentos por produtos banidos.

Segundo a mídia local, presentes em cores vermelhas e em forma de coração são legais em outras épocas do ano, mas no dia 14 de Fevereiro tornam-se ilegais.

Doutrina islâmica

O governo saudita publicou uma Fatwa (lei islâmica) que classificou o Dia dos Namorados como uma comemoração ilegal e apontando-o como um “feriado pagão”.

Segundo as autoridades, donos de lojas que violassem a medida do governo seriam punidos sem especificar quais seriam as punições aos infratores.

A proibição a feriados considerados contrários à doutrina do país não é apenas restrita a outras religiões.

Vários feriados muçulmanos também sofrem proibições na Árabia Saudita por não estarem enquadrados na escola islâmica Wahhabi, a doutrina que os sauditas seguem há mais de 100 anos.

De acordo com a mídia local, vários sauditas se antecipam às proibições e compram presentes para o Dia dos Namorados semanas antes da data.

Mas no mundo árabe, a data é amplamente comemorada, embora alguns muçulmanos destes países também enxerguem a ocasião como uma celebração ocidental.

Um porta-voz do governo, Sheikh Ali Qarni, defendeu o proibição com a justificativa de que os muçulmanos conhecem o verdadeiro significado do amor – o amor de Deus –, e que eles sabem se comportar ao longo do ano, não necessitando de uma única ocasião para comemorar.

“Os muçulmanos são um povo de amor, como está evidenciado em fatos de que esta palavra [amor] é citada 83 vezes no Corão”, disse ele para o jornal.

No entanto, a medida do governo gerou reações mistas entre a população, com alguns defendendo a proibição e outros contrários à campanha de repressão.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Google Earth é usado em ajuda humanitária no Haiti

AE - Agencia Estado

GENEBRA - Nas salas de comando das operações humanitárias da Organização das Nações Unidas (ONU), fotos de satélites ajudam as equipes a organizar seus trabalhos no Haiti. Em Genebra, Porto Príncipe, Washington e Nova York, uma parte importante desse material é fornecida por Google Earth, Nasa e outras entidades que colocaram à disposição seus serviços. Se a falta de organização ainda está afetando a distribuição de alimentos ou abrigos, os técnicos garantem que não é por escassez de informações.



Funcionários das entidades internacionais admitem que, pela primeira vez, um desastre natural está sendo acompanhado quase que simultaneamente por fotos de satélite, que ajudam médicos ou engenheiros a planejar os próximos passos. Aviões sobrevoam quase diariamente a capital do Haiti para fornecer imagens para as equipes. A ideia é que, de qualquer lugar do mundo, especialistas possam analisar as fotos e tomar decisões sobre os lugares mais adequados para a construção de acampamentos para desabrigados e identificar onde estão as pessoas que deixaram a capital. Algumas fotos são tão nítidas que é possível ver pessoas caminhando nas ruas.



Na Organização Mundial da Saúde, imagens distribuídas pelo Google Earth estão ajudando as equipes a mapear quantos hospitais ainda estão de pé e onde. "Oferecemos essas fotos, em alta resolução, como uma nova ferramenta para a ajuda humanitária", afirmou ao France Lamy, responsável pelo projeto da empresa americana no Haiti. A cooperação já vinha ocorrendo de modo informal no início da crise. Mas agora as entidades fecharam um acordo para uma troca de informação sistemática. O Banco Mundial admite que reduziu pela metade o tempo necessário avaliar as necessidades do Haiti por conta da tecnologia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Brasil acelera investimentos na África, diz "FinancialTimes" - Folha SP, janeiro de 2010

09/02/2010 - 15h53

Brasil acelera investimentos na África, diz "Financial Times"

da Efe, em Londres
A mineradora Vale está disposta a começar as operações na África, mais um sinal do crescente interesse do Brasil nesse continente, informou nesta terça-feira o diário britânico "Financial Times" ("FT").
Impulsionada pela demanda brasileira de matéria-prima, o comércio com a África cresce a um ritmo acelerado: as exportações do Brasil passaram de US$ 3 bilhões em 2000 para US$ 18,5 bilhões em 2008.
Nigéria e Argélia, além de Angola, fornecem o petróleo necessário e os produtores agrícolas brasileiros entraram em mercados como o Egito, o que permitiu aumentar as exportações brasileiras à África de US$ 1 bilhão em 2000 para US$ 8 bilhões em 2008.
Em Moçambique, a Vale colabora com a construtora Odebrecht no desenvolvimento das reservas carboníferas de Moatize, na construção de uma central energética e de infraestruturas ferroviárias e portuárias para a exportação do mineral.
A Vale estima investimentos iniciais serão de US$ 1,3 bilhão, embora os analistas acreditem que os valores possam ser maiores.
As companhias Vale e Odebrecht não são as únicas operando em Moçambique, detalhou o jornal britânico. Há dois meses a siderúrgica CSN comprou 16,3% da mineradora australiana Riversdale, na qual a indiana Tata Steel tem uma importante participação.
Riversdale projeta um grande aporte na região de Tete, no centro de Moçambique.
A Odebrecht é atualmente a maior empresa privada de Angola, atuando na produção de alimentos, etanol, industrial e varejo.
A estatal brasileira de petróleo, a Petrobras, também opera em Angola. Utiliza no país a sua experiência de prospecção de petróleo em águas profundas.
Segundo o "FT", os laços de idioma e cultura facilitaram as operações das empresas brasileiras nos países que língua portuguesa no continente africano.
Cerca de 1,4 milhão dos 3 milhões de escravos africanos enviados ao Brasil entre os anos de 1700 e 1850 partiram de Angola e na segunda década do século 19 inúmeros colonos da Angola, Moçambique e outras colônias portuguesas decidiram estabelecer-se no Brasil após a independência.
As últimas conquistas do Brasil na luta contra a pobreza atraíram o interesse dos governos moçambicano e angolano, que veem no Brasil "um modelo".
O "Financial Times" assinala a expansão das embaixadas do Brasil no continente africano e lembra que dezenas de dirigentes empresariais acompanharam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em suas viagens à África.

Fosfateira em SC... prejuízo ambiental (Época, julho de 2009)

3/07/2009 - 15:07 - Atualizado em 03/07/2009 - 15:12
Extração de fosfato ameaça Mata Atlântica catarinense
Estudiosos acreditam que instalação de mina e fábrica pode danificar o meio ambiente e gerar riscos à saúde da população local
Isis Nóbile Diniz
Pesquisadores e ambientalistas estão preocupados. Cerca de 10% do fosfato explorável no Brasil está localizado em um grupo de montanhas no interior de Santa Catarina. Para extrair a matéria prima e transformá-la em fertilizante, as multinacionais Bunge e Yara pretendem instalar uma mineradora e uma fábrica na região. Será necessário, para tanto, desmatar aproximadamente 300 hectares de Mata Atlântica, o que equivale a 550 Maracanãs. Além disso, estudiosos dizem que a saúde da população e a agricultura podem ser prejudicadas. O local também é importante para o abastecimento de água de 21 municípios.

A Indústria de Fosfatados Catarinense (IFC), que pertence à Bunge e à Yara, adquiriu cerca de 1.760 hectares em Anitápolis, município com cerca de 3 mil habitantes. O local é o único no Sul do Brasil que possui fosfato e será explorado por 33 anos. A mata nativa dará lugar a uma mina a céu aberto e a uma fábrica que usará a matéria prima na produção de um tipo de fertilizante. Também será construída uma barragem de rejeitos que abrigará outros minerais retirados do solo, mas sem utilidade para a empresa.
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Vale catarinense A região de Anitápolis, onde está planejada a instalação da fábrica de fosfato e da mineração. A floresta nas encostas é um dos remanescentes de Mata Atlântica de Santa Catarina
A produção do fertilizante exige fosfato, ácido sulfúrico e enxofre. Este será importado pelo porto de Imbituba e transportado até Anitápolis por caminhões. Em seguida, o produto final será levado via rodoviária até Lages, distante 164 km. Na cidade, um galpão armazenará o fertilizante antes de ser distribuído para a região Sul. O empreendimento prevê investimento de R$ 400 milhões. Calcula-se que gerará cerca de R$ 2,5 milhões anualmente como arrecadação municipal e R$ 7,5 milhões irão para os cofres estaduais e federais.

A IFC será construída dentro da bacia hidrográfica do rio dos Pinheiros, que faz parte da bacia hidrográfica do rio Braço do Norte, formada por 19 rios nos municípios de Anitápolis, Santa Rosa de Lima, Rio Fortuna, Grão Pará, Braço do Norte e São Ludgero. De acordo com a Fundação de Meio Ambiente (Fatma), órgão ambiental do governo de Santa Catarina, os possíveis impactos negativos da operação da empresa prejudicarão somente Anitápolis. O fósforo que possivelmente alcançar as águas não deve ter impacto significativo na fauna e na flora aquáticas. Para o órgão, apenas a barragem de rejeitos apresenta riscos. “Tecnicamente, é impossível falar que não existe risco. Toda e qualquer obra de engenharia apresenta riscos”, segundo documento emitido pela Fatma.


 Reprodução
Risco ambiental Simulação feita pela ONG Montanha Viva de como seriam os reservatórios de contenção do material contaminado. Os ambientalistas estão preocupados porque as barragens, localizadas no alto das montanhas, poderiam se romper ou vazar
Os procedimentos de licenciamento ambiental tiveram início em 2005. E, no primeiro semestre de 2009, a empresa conseguiu a Licença Ambiental Prévia (LAP) concedida pela Fundação. Para poder iniciar as obras, a IFC precisa cumprir as exigências feitas pelo órgão. Depois, adquirir a licença de instalação e de operação. Foram solicitados trinta programas ambientais. Entre as exigências está a conservação e o enriquecimento da vegetação em cerca de 80% da terra adquirida pela empresa. “Esse foi um dos projetos mais complexos e estudados pela Fatma”, afirma Murilo Flores, presidente da fundação.

Alguns ambientalistas e pesquisadores discordam do órgão. “Antes de tudo, 300 hectares de Mata Atlântica bem conservados no Sul são relevantes. Ainda mais nesse caso, em que eles protegem a encosta de deslizamentos como os que ocorreram depois das chuvas no ano passado”, afirma Clóvis Borges, diretor executivo da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Proteção Ambiental (SPVS). De acordo com Eduardo Bastos Lima, advogado da ONG Associação Montanha Viva, outros 100 hectares de mata nativa darão lugar a uma nova linha de transmissão de energia elétrica. “Anitápolis fica entre a Serra do Tabuleiro e a Serra Geral, um corredor verde importante. O projeto afetará a circulação e o desenvolvimento dos animais”, diz Jorge Albuquerque, biólogo e presidente da ONG. “Para piorar, o local possui nascentes e é a cabeceira do Rio Braço do Norte. Todo o mundo está em busca de água e aqui eles pretendem destruir esse bem natural”, afirma.

O principal questionamento dos pesquisadores é relativo à saúde da população. A barragem de rejeitos construída acima do nível da cidade pode contaminar a água ou, na pior hipótese, estourar e inundar municípios. A mineração a céu aberto e o manuseio do fosfato podem comprometer os recursos hídricos da região atingindo, inclusive, Florianópolis. O químico Ismael Bortoluzzi, presidente da Associação Empresarial de Tubarão (Acit), afirma que, se o fosfato atingir a água em grande quantidade, seu tratamento será mais difícil. “Os morros de 600 metros também poderão sofrer de erosão nas encostas”, diz.

Por causa das questões ambientais e de saúde, a Associação Montanha Viva protocolou uma ação no judiciário pedindo a anulação da Licença Ambiental Prévia (LAP) que lista 59 itens questionáveis sobre o projeto. Entre eles estão: a interrupção do curso do Rio Pinheiros, o aumento da taxa de erosão do solo, a deterioração da qualidade do ar, o risco de contaminação do solo e rios. “A empresa fala que o impacto é localizado desconsiderando o risco para bacia hidrográfica”, afirma Lima. Procurada pela reportagem de ÉPOCA, a empresa não se pronunciou sobre as críticas à obra.

Como solução, Albuquerque propõe que a região seja destinada ao ecoturismo. E que a empresa invista em produção de fosfato por meio do dejeto suíno. “Esse é o sonho catarinense, mas, na prática, o custo seria alto porque a criação de porcos está espalhada em pequenas propriedades”, diz Flores. Devido ao retorno financeiro e à necessidade de obter a matéria prima, talvez seja inevitável a instalação da mina e da fábrica. “Esse é o grande problema do desenvolvimento sustentável. Se a fosfateria é estratégica para o Brasil, devemos minimizar os prejuízos”, afirma o presidente da Fatma. Para Bortoluzzi e Borges, o projeto é aceitável desde que se minimizem os riscos e seja feita uma compensação “pesada”. “Por exemplo, a empresa pode destinar 10 mil hectares para a preservação do meio ambiente. Porque explorar sem limites não é sinônimo desenvolvimento”, diz o diretor da SPVS. “Tenho uma filha pequena. Espero que ela veja como as montanhas de Anitápolis cobertas por Mata Atlântica são lindas”, diz Albuquerque.

Produção de energia elétrica recorde... ajuda do calor...

Com as temperaturas altas, maior é o consumo de energia para refrigeração... com isso, o Brasil bateu novos recordes na produção de energia elétrica - Gráfico: VEJA, janeiro de 2010.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Diblando o capitalismo, porém desitimulando idéias...

Partido Pirata contra as patentes do capitalismo - Caros amigos, janeiro de 2009

Por Gabriela Moncau
Criado em 2006 na Suécia e com atuação em mais de 30 países, inclusive no Brasil, a organização partidária defende a liberação dos direitos autorais e adoção de software livre na Internet.
A sociedade da informação enfrenta uma forte contradição, que é naturalizada por muitos. Por um lado, com a expansão das redes, há possibilidades que nunca existiram, como, por exemplo, o compartilhamento de cultura, conhecimento e bens imateriais. Há no mundo aproximadamente 1 bilhão de pessoas com acesso regular a computadores pessoais. Ou seja, conectadas em uma rede mundial por máquinas de replicação em alta velocidade que reproduzem fielmente, sem custo, qualquer arquivo. Por outro, há o enrijecimento das ações e legislações a favor da propriedade intelectual. Uma esquizofrenia que provoca um dos maiores embates relacionados à informação, além de representar um desafio para os que defendem a democratização da cultura, do conhecimento e dos meios de comunicação.
Com o interesse de manter a exclusividade de exploração comercial sobre os produtos, a indústria cultural elabora leis que visam conter a cópia e o compartilhamento de conteúdos. Sérgio Amadeu, sociólogo e professor da Faculdade de Comunicação Cásper Líbero, estudioso da questão da exclusão digital e do software livre, explica que as práticas de colaboração são intrínsecas à sociedade e surgiram muito antes da internet. “As pessoas não acham que estão fazendo nada errado. Esse costume sempre existiu. Antigamente, por exemplo, você pegava um vinil, colocava num aparelho de som 3 em 1, escolhia 3 ou 4 músicas, tocava o vinil, montava uma fita, levava pra uma festinha, dava pro seu amigo que copiava”, assinala.
Com o advento das redes, os controladores da indústria cultural desenvolveram diferentes estratégias de repressão. A primeira delas foi criar casos exemplares: identificavam uma pessoa que havia desenvolvido algum programa de compartilhamento ou que copiava muitos conteúdos e abriam grandes processos contra ela. Cobravam multas, ameaçavam de prisão e davam grande publicidade ao caso. As pessoas, no entanto, deram-se conta que a chance de ser identificado era irrisória. Colocaram em prática, então, processos contra um grande número de pessoas. No entanto, a popularização e o barateamento da banda larga fizeram com que a estratégia tivesse alcance limitado.

Terceira onda repressiva
Vivemos agora a tentativa de implementação da terceira onda repressiva no âmbito digital, conhecida como “resposta gradual”, ou “three strikes”, que apesar de ainda não ter sido posta em prática, está tramitando em diversos parlamentos. Trata-se de transferir a responsabilidade do judiciário para os provedores de acesso à internet. Cria-se uma regulação do provedor na qual ele é obrigado a notificar a pessoa que está baixando conteúdo ilegal uma, duas vezes. Na terceira, corta-se definitivamente o acesso à internet. Estudiosos do tema e defensores da democratização do conhecimento recorrem à Constituição e afirmam que tal penalização é ilegal, já que impedir o acesso à internet significa restringir a liberdade de expressão, o acesso à informação, cultura e serviços governamentais.
De acordo com Pablo Ortellado, integrante do Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação (GPopai) e um dos criadores do Centro de Mídia Independente (CMI), as empresas que dominam o monopólio da cultura têm consciência que é impossível impedir a cópia do conteúdo dos produtos. “Eles sabem que será preciso reorganizar completamente a indústria pra adaptarem-se ao novo cenário tecnológico”. Segundo o professor, tal cenário já está desenhado. “No campo da música, por exemplo, seria a venda de música a preço muito baixo para competir com música barata; regulação de música por meio digital, com streaming, publicidade; ou então desmercantilizar a música digital e lucrar nas performances e shows. Obviamente, vão tentar compensar essas perdas explorando os artistas nos shows, por exemplo, ou a privacidade dos consumidores” afirma. Para Ortellado, a razão pela qual as indústrias ainda não transformaram seu modelo de negócio é que isso representaria um complexo reposicionamento do mercado. A posição dominante das quatro multinacionais da indústria cultural hoje – Sony, Warner, EMI e Universal – seria ameaçada por novos atores.

Defesa das licenças livres
Direitos autorais dão às pessoas a exclusividade de exploração comercial, o que permite controlar quem tem acesso ao produto por meio da barreira de preço. Só que se a pessoa tem o direito de fazer essa exclusão, ela pode também fazer a autorização. O software livre surgiu a partir dessa idéia de inverter a lógica da exclusão dos direitos autorais por meio das licenças livres. Nos anos 1980, o programador americano Richard Stallman fez essa inversão e criou o conceito de software livre, impedindo que fosse usado segundo a lógica tradicional competitiva. Nos anos 1990, várias iniciativas pegaram esse espírito do software livre e traduziram pra outros âmbitos de expressão da cultura.
Simultaneamente, com o advento da tecnologia de reprodução e a possibilidade de cópias digitais em massa e sem custo, houve a ascensão de práticas espalhadas na sociedade de cópia e colaboração. Uma delas são as redes “pear-to-pear” (P2P) ou
par-a-par, uma arquitetura de rede caracterizada pela descentralização do sistema, onde cada computador realiza, no compartilhamento de arquivos, tanto a função de servidor quanto a de cliente. Ou seja, os arquivos são enviados de computador para computador diretamente.

Lei dos direitos autorais
Entre os movimentos que surgiram com a ascensão do software livre e das práticas de compartilhamento, organizou-se um partido político internacional, tendo como principais bandeiras a reforma da lei dos direitos autorais, a extinção do sistema de patentes e a defesa dos direitos civis. O Partido Pirata surgiu na Suécia em 2006, como uma reação às alternativas de impor controle sobre a Internet, por razões de segurança e defesa da propriedade intelectual.
Gabriela Moncau é estudante de jornalismo.

Belo Monte é mais um presente para construtoras e mineradoras - Caros Amigos

Para uma análise ambiental da futura usina hidrelétrica de Belo Monte

 
Por Hamilton Octavio de SouzaFoto: Taís González
 
O governo federal insiste na construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará. É obra grande, está no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), custará muitos milhões de dólares, vai fazer a festa da Camargo Corrêa, Odebrecht, Andrade Gutierrez e de todas as mineradoras privadas que serão beneficiadas com energia farta custeada pelo dinheiro público. A megalomania exalta a maior hidrelétrica brasileira.
 
A construção será tocada mesmo sem a conclusão de todos os estudos de impacto ambiental, já que o Ibama foi pressionado a acelerar a liberação da licença; sem a realização de mais de 20 audiências públicas prometidas aos moradores da região, que serão atingidos pelo lago da barragem, que deverá ter mais de 100 km de extensão; e sem respeitar as reservas indígenas, os ecossistemas, as grutas, as cachoeiras e os vários sítios arqueológicos já localizados.
 
Contrário à construção da usina, Dom Erwin Krautler, bispo da Prelazia do Xingu e presidente do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), agrega outros aspectos negativos à polêmica obra, como a inundação de bairros inteiros de Altamira, o despejo de 30 mil famílias, a destruição de terras indígenas e a criação de um forte polo de migração sem que a região tenha condições de oferecer serviços públicos adequados, de moradia, educação, saúde e segurança.

 
Em entrevista dia 29 de janeiro, no auditório da Livraria Paulinas, em São Paulo, Dom Erwin contou que a grande maioria da população resiste à usina de Belo Monte, especialmente a população ribeirinha, os pescadores e os povos indígenas. Para os índios, explicou, a inundação de suas terras e a destruição do curso normal do rio, são coisas inaceitáveis, na medida em que representam atentados aos antepassados e ao futuro de seus filhos. A violência não é só física, na destruição do seu habitat, é também cultural, atinge suas crenças e sua religiosidade.
 
Morador na região Amazônica há mais de 40 anos, constantemente ameaçado de morte por latifundiários, grileiros e madeireiras, Dom Erwin Krautler disse que o movimento popular em defesa do Rio Xingu tem feito de tudo para convencer as autoridades a desistirem da usina de Belo Monte. Ele esteve pessoalmente duas vezes com o presidente Lula, que lhe garantiu que ouviria os índios e os moradores de Altamira e que respeitaria os estudos de impacto ambiental. No entanto, segundo ele, os ministérios do Meio Ambiente e das Minas e Energia decidiram construir a hidrelétrica de qualquer maneira, sem levar em conta a manifestação dos moradores da região.
 
O bispo assegura que a construção da usina provocará uma reação muito forte no povo do Xingu, principalmente por parte dos grupos indígenas – que estão bem organizados, têm plena consciência dos efeitos da obra nas suas reservas e tratam o assunto como algo vital para os seus povos. O que vai acontecer em Belo Monte é “imprevisível”, afirma Dom Erwin.
  
Hamilton Octavio de Souza é jornalista, editor da revista Caros Amigos e professor da PUC-SP

Imigração para a Itália... necessidade de aumentar a população

A Reportagem da revista alemã Der Spiegel mostra as consequências da baixa taxa de natalidade  no sul da Itália. Confira abaixo:

 

05/02/2010

Aldeia italiana recebe refugiados de braços abertos

Der 
Spiegel
Juliane von Mittelstaedt
Uma aldeia italiana espera reverter seu declínio populacional aceitando refugiados de todo o mundo. Os imigrantes recebem casa e comida grátis e em troca devem trabalhar e aprender italiano. O projeto está tendo um grande sucesso, mas a máfia local não está contente.
Domenico Lucano, 51 anos, é o prefeito de Riace, no sul da Itália. A aldeia, com suas três igrejas, dois santos padroeiros, carneiros pastando nas colinas ao redor e árvores de tangerina crescendo nos vales - é como um calo na sola do pé da região da Calábria.
Até pouco tempo atrás, Riace estava rapidamente se tornando uma cidade fantasma. As pessoas tinham partido em busca da sorte em outros lugares - Milão, Turim ou Gênova, a Alemanha ou os EUA. A população de Riace tinha encolhido de modo tão drástico que a aldeia nem sequer tinha um bar, um restaurante ou um açougue, e não havia crianças suficientes para encher as classes na escola. Isso foi antes de o prefeito Lucano decidir reanimar sua aldeia: com imigrantes da Somália, Eritreia, Afeganistão, Bósnia, Iraque e Líbano.
Tudo começou com um navio. O barco chegou há 12 anos, em 1º de julho de 1998. Lucano, que era professor na época, estava dirigindo pela estrada costeira quando viu um grande grupo de pessoas no mar, aproximando-se da praia. Eram refugiados curdos, 300 homens e mulheres e algumas crianças, perdidos em uma praia perto de sua aldeia natal.
Era o mesmo lugar onde duas estátuas de bronze tinham sido encontradas sob o mar em 1972, o que colocou Riace no mapa. Para Lucano foi um sinal. "O vento nos trouxe uma carga especial, e quem somos nós para recusá-la?" Os gregos um dia navegaram pelo Mediterrâneo até a Calábria, seguidos pelos árabes e os normandos - e agora os refugiados estavam chegando.
Aldeia global
Lucano recebeu os curdos em sua aldeia, o que lhe valeu o apelido de "Mimmo, o curdo". Outros refugiados vieram, os restos das guerras e da pobreza ao redor do mundo. Ele decidiu criar um lugar onde os refugiados e os moradores locais pudessem trabalhar e viver lado a lado - uma aldeia global, no canto mais pobre de uma das regiões mais pobres da Itália, uma terra de sonhos despedaçados. Ele fundou uma associação e lhe deu um nome ambicioso: Città Futura (Cidade do Futuro).
A população da Europa está encolhendo, e a Itália hoje tem uma das taxas de nascimentos mais baixas do continente. Lucano acredita que pode ter encontrado uma maneira de trazer crescimento à Europa novamente. Sua abordagem é a reassentar os refugiados em lugares onde a população está encolhendo. Ele raciocina que em áreas onde a população já está em declínio os temores de superpopulação têm menor probabilidade de aflorar.
Lucano montou seu escritório no Palazzo Pinnarò, um nome extravagante para uma casa comum. Apesar de ser prefeito nos últimos seis anos, Lucano ainda trabalha no mesmo escritório em sua mesa de madeira surrada, cercado de mapas-múndi, um desenho em pastel de Che Guevara e um cartaz que mostra rebeldes zapatistas mexicanos. Ele é um homem pequeno com grandes sonhos e uma palavra preferida: "utopia". Não é membro de qualquer partido político, e quando disputou o cargo sua campanha se baseou em nada além de uma simples ideia: os mais pobres dos pobres salvariam Riace e, por sua vez, Riace os salvaria. Ele ganhou a eleição.
Desde então Lucano acomodou refugiados em casas vazias no centro da aldeia medieval, onde eles têm casa e comida de graça, incluindo a eletricidade. Em troca, eles devem aprender italiano e trabalhar. As mulheres fazem artesanatos e os homens reformam as casas, que depois são alugadas para turistas.
Helen, da Etiópia, grávida de oito meses quando chegou no barco, tece tecidos calabreses com lã de alta qualidade. Mohamed, do Iraque, perseguido pelas milícias do Mahdi, hoje vende "kebab" e trabalha na construção. Shukri, uma pequena somaliana, tem 23 anos, embora pareçam 13, e dois filhos. Ela trabalha como sopradora de vidro, fazendo borboletas.
Revertendo o declínio
Hoje há 220 imigrantes vivendo em Riace, além dos 1.600 "riacesi", como são chamados os nativos. O prefeito espera que a população acabe retornando ao seu nível anterior de 3.000 pessoas. Os novos habitantes estão abrindo oficinas e mandando seus filhos à escola local, e agora os turistas vêm a Riace para comprar os artesanatos que eles fazem. "Um lugar que as pessoas estavam abandonando hoje se tornou um lugar de boas vindas", diz Lucano com orgulho.
Algumas semanas atrás, quando os colhedores de frutas africanos, que ganham 25 euros (US$ 35) por dia, encenaram um protesto na vizinha Rosarno, os aldeões responderam atirando neles e os espancando com barras de ferro. Depois do incidente, Lucano disse em uma entrevista à televisão que Riace receberia bem os imigrantes. Pouco depois três jovens da Guiné, praticamente meninos, apareceram a sua porta, um com um ferimento de tiro no quadril. Lucano explicou as regras para os guineenses: eles receberiam 2 euros por dia mais 500 euros por mês de trabalho. Os meninos ficaram surpresos. Parecia um milagre.
É quase bom demais para ser verdade, mas o conceito parece funcionar. Lucano conquistou os mais velhos da aldeia, que tinham medo dos imigrantes, e os jovens, que temiam que lhes tirassem seus empregos. Città Futura já é o maior empregador da aldeia, tanto de refugiados como de moradores.
Reação da máfia
Há um grupo, porém, que não gosta do fato de não dar mais as ordens ou poder coletar dinheiro em Riace - a máfia calabresa. Seus capangas envenenaram três cachorros de Lucano e dispararam duas balas na porta da taverna de Donna Rosa. Mas para Lucano isso é um cumprimento, um sinal de que ele fez um bom trabalho. Duas aldeias vizinhas já adotaram a abordagem de Lucano, e o governo regional da Calábria aprovou uma lei que permitirá que outras aldeias sigam seu exemplo. Os políticos estão fazendo peregrinações a Riace e no último outono o cineasta alemão Wim Wenders visitou a aldeia.
Wenders pretendia fazer um filme sobre os refugiados dos barcos, mas acabou sendo um semidocumentário, semifilme de Hollywood de 27 minutos, filmado em 3D, principalmente sobre Riace e seus novos moradores. O filme se intitula "O Voo".
Pouco depois, Wenders fez um discurso em Berlim, no final das comemorações do 20º aniversário da queda do Muro de Berlim. "A verdadeira utopia não é a queda do muro, mas o que foi conquistado na Calábria, em Riace", ele disse.
Lucano mandou imprimir a frase do cineasta em seus cartões de Ano Novo, que enviou para todo o mundo. Ele espera que o milagre de Riace se espalhe para outros lugares.
Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves